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sábado, 11 de fevereiro de 2012


Polêmica sobre abertura de supermercado vira debate político

  Assunto que vinha sendo tratado no Ministério Público acabou virando motivo de debate acirrado na Câmara Municipal de Anápolis

A chegada de um grande empreendimento no setor varejista, em Anápolis, acabou ganhando espaço nos debates políticos da Câmara Municipal. Desde o final do ano passado, o assunto vem sendo discutido em nível de Ministério Público, que teria cancelado a inauguração, próximo ao período do Natal, por conta de uma provocação feita pela ONG “Olho Verde”, que era presidida pelo advogado Evandro Coutinho França, falecido recentemente. A alegação seria por causa das obras no estacionamento do supermercado que, segundo denúncias, foi feito em um terreno onde existem minas d’água e é considerado reserva ambiental.

Na sessão ordinária da última quarta-feira, 08, ao fazer uso da tribuna, o Presidente da Casa, Vereador Amilton Batista, deu destaque ao assunto, dizendo que o caso envolvendo a implantação de uma filial do supermercado Bretas estava sendo tratado, até agora, “nas entrelinhas”. O vereador narrou que ainda antes de a obra começar, quando era feita a movimentação de terras na área que fica no Jardim Europa, a Pasta de Meio Ambiente teria feito uma advertência pelo fato de o serviço estar sendo executado próximo a uma nascente. Depois, teria havido um acordo de compensação, em que a empresa teria adquirido R$ 58 mil em grama para plantio em alguns pontos da Cidade.

Amilton Batista disse que a obra começou, de forma acelerada, no mês de julho e em novembro, já estava pronta, porém, sem que as licenças legais tivessem sido providenciadas pelo Bretas. Em função disso é que a Associação “Olho Verde” teria feito a provocação ao Ministério Público que, através de um auditor, teria confirmado possíveis irregularidades, motivando, assim, o embargo.

O vereador Amilton Batista pontuou que, a Prefeitura teria recebido dinheiro de um concorrente do Bretas para não deixar abrir ou que teria ganho muito dinheiro para fazer a compensação ambiental. Para ele, por ser um ano eleitoral, há tentativas de se tirar proveito político da situação. “O caso está no Ministério Público e é lá que tem que ser resolvido, fora disso não há mais nada. O Prefeito não é polícia para mandar fechar. Não existe outro jeitinho anapolino, goiano, brasileiro. Tem que resolver no Ministério Público. Resolvidas as pendências, abre-se o empreendimento”, ressaltou o vereador.

A vereadora Gina Tronconi (PPS), da bancada de oposição ao Prefeito Antônio Gomide, discordou do posicionamento do colega afirmando que não teria como uma obra do porte como a do Bretas, ser construída sem ter havido uma fiscalização. “Quero acreditar que Anápolis não seja uma cidade sem lei, sem fiscalização”, acentuou. Para os próximos dias, é aguardado um desfecho do caso. Por enquanto, a rede varejista não tem se pronunciado sobre a situação. Há poucos dias, diretores da empresa tiveram um encontro com o Prefeito Antônio Gomide, para discutirem o problema.

Fonte: Jornal Contexto

Edição: anapolisGOnews
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