Denúncia diz que Cachoeira pagou despesa de campanha de
Perillo
O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB) é suspeito de
ter despesas de campanha pagas pelo bicheiro Carlinhos Cachoeira, preso em
fevereiro pela Polícia Federal sob a acusação de chefiar uma quadrilha que
explorava o jogo ilegal no estado. Perillo, que tem depoimento à CPI do Cachoeira
marcado para dia 12, divulgou nota em que afirma que a denúncia é
"mentirosa".
Reportagem publicada pelo jornal "O Estado de S.
Paulo" informa que o jornalista Luiz Carlos Bordoni afirmou ao jornal que
a empresa Alberto e Pantoja foi usada para pagar os serviços que ele prestou à
campanha de Perillo em 2010. O jornalista foi o responsável pela propaganda em
rádio da campanha. Segundo a Polícia Federal, a Alberto e Pantoja é uma empresa
de fachada controlada por Cachoeira.Documentos da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal - que resultou na prisão de Cachoeira -, mostram que um depósito de R$ 45 mil foi feito na conta da filha do jornalista, Bruna Bordoni.
Em seu blog na internet, o jornalista afirmou nesta sexta que o depósito foi negociado por Lúcio Gouthier Fiúza, assessor do governador Perillo e que não dará mais entrevistas sobre o caso.
Bordoni resolveu falar por causa do depoimento do senador Demóstenes Torres, na última terça-feira, no Conselho de Ética. Durante as perguntas dos integrantes do conselho, o nome da filha dele foi citado.
O senador Pedro Taques (PDT-MT) perguntou a Demóstenes se ele sabia que Cachoeira, por meio da empresa Alberto e Pantoja, havia depositado dinheiro "na conta dessa senhora chamada bruna". "Nem dela, nem de ninguém", respondeu Demóstenes.
Em nota, o governador Marconi Perillo disse que as afirmações de Luiz Carlos Bordoni são "mentirosas e irresponsáveis". Segundo a nota, Lúcio Gouthier Fiúza não participou de contratação ou pagamento de valores referentes à campanha de 2010. Fiúza não foi encontrado para comentar a denúncia.
O líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto (SP), disse que a situação política do governador piorou. "Tem a ver com financiamento de campanha, caixa dois e dinheiro usado do crime organizado, do Carllinhos Cachoeira. Nós vamos pedir, mais uma vez, a quebra do sigilo bancário, telefônico e fiscal do governador", declarou.
com informações da folha de são paulo
edição: anapolisgonews
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