Falhas na Ferrovia Norte-Sul entre Palmas e Anápolis custam
R$ 400 milhões à Valec
O jornal Valor Econômico afirma que a estatal Valec,
responsável pela construção da Ferrovia Norte-Sul, fez um pente-fino nos 855 km
entre Palmas (TO) e Anápolis (GO) e concluiu que terá de gastar mais R$ 400
milhões para consertar estruturas e trilhos mal instalados.
Precisará ainda
erguer nove pátios logísticos, estruturas que constavam dos contratos com
empreiteiras e não foram feitos.
Um novo modelo de concessões para ferrovias está sendo
estudado pelo governo federal. O presidente da Valec, José Eduardo Castello
Branco, estatal responsável pela construção da Norte-Sul, entre outras linhas,
afirmou ao jornal O Estado de S.Paulo que a nova norma poderá ser aplicada já
no trecho que ligará as cidades de Palmas e Gurupi, a ser inaugurado em agosto.De acordo com O Estadão, o modelo em estudo é o chamado open access (acesso aberto), que se tornou compulsório na Europa e na Austrália. Por ele, uma empresa é mantenedora da via, mas vários clientes podem operá-la. "Será como uma estrada pedagiada", explicou Castello Branco. "A diferença é que não é qualquer um que poderá colocar vagões na linha, pois os trens e os maquinistas terão de ser credenciados."
Fraudes de R$ 71 milhões
O ex-presidente da Valec José Francisco das Neves, o "Juquinha", foi afastado da empresa após denúncias de irregularidades. Em dezembro do ano passado, a Justiça Federal decretou a indisponibilidade de bens de Juquinha, por suposta fraude de R$ 71 milhões em contrato para a construção da ferrovia Norte-Sul firmado pela estatal. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, à época, os bens bloqueados do ex-presidente são um apartamento avaliado em R$ 20 mil, uma casa de R$ 550 mil em Goiânia e uma fazenda de R$ 3,3 milhões em Goiás.
com informações do estadão
edição: anapolisgonews
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