Sem entrega de cartas, distritos de Anápolis ficam isolados
O vereador Mauro Severiano (PDT) afirmou na última
segunda-feira (14), durante sessão ordinária realizada na Câmara Municipal, que
a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) não está fazendo a entrega
de correspondências em nenhum dos quatro distritos de Anápolis: Interlândia,
Sousânia, Joanápolis e Goialândia. Segundo ele, a suspensão dos serviços
aconteceu no dia 30 de abril.
O pedetista contou que no último final de semana foi conferir
o problema em Sousânia e Interlândia. “Nos 15 primeiros dias de maio os
moradores dessas localidades tiveram que vir a Anápolis, na agência dos
Correios, fazer as retiradas de suas correspondências e boletos bancários. Isso
é um absurdo. E quem não tem condições de fazer esse deslocamento com
frequência? Deixa de receber as cartas? Paga as contas atrasadas?”, questionou
o parlamentar.
De acordo com o pedetista, a população de Anápolis, no
geral, costuma reclamar principalmente do atraso na chegada das
correspondências aos seus destinos, problema gerado, segundo Mauro Severiano,
pelo reduzido número de carteiros que fazem o serviço. “No caso dos distritos a
população está desassistida. Além do problema nas redes de telefonia, os
moradores dessas localidades não recebem mais suas cartas”, criticou.
O secretário do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios em
Anápolis, Eduardo Pereira, explicou que a suspensão dos serviços de entrega nos
distritos se deu a partir de uma decisão da 18ª Vara do Tribunal Regional do
Trabalho (TRT). Ele explicou que até o dia 30 de abril as correspondências
chegavam a esses locais através de um terceirizado, no caso de Anápolis, a
Prefeitura. “O TRT decidiu pela suspensão dessa prestação de serviço alegando
que a entrega deve ser feita por funcionários dos próprios Correios” comentou.
Eduardo Pereira disse que em Anápolis existem cerca de 90
carteiros. Segundo ele, há ainda profissionais que já foram aprovados em
concurso, fizeram testes físicos e aguardam apenas convocação para começar a
trabalhar. Eles estariam aptos, inclusive, a atender os distritos. “O efetivo
atuante é reduzido ao se comparar com a demanda de trabalho na cidade”.
comentou.
O sindicalista demonstrou ainda preocupação com uma nova
situação que, em breve, se tornará realidade para os carteiros de Goiás.
Eduardo Pereira contou que os Correios conseguiram na Justiça o direito de ficar
responsável pela entrega das correspondências da Celg em todo o Estado. “Ainda
não sabemos como será feita essa distribuição, o fato é que, quando for
concretizada, a medida exigirá que se contratem funcionários de imediato, e que
tenha uma equipe somente para a demanda da Celg”, disse. com informações de fernanda morais
edição: anapolisGOnews
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