Em Anápolis (GO), INSS nega aposentadoria por invalidez a mulher
com câncer
Trabalhadores de Anápolis afirmam que estão enfrentando dificuldades
para conseguirem a aposentadoria pelo Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS) no município. Entre os requerentes, está a empregada doméstica Maria Cândida
de Moraes, de 59 anos. Mesmo com um diagnóstico de câncer na laringe, o que
inibe ela de andar, falar e ouvir, o INSS cortou o benefício e negou a
aposentadoria por invalidez.
“Ela esteve duas vezes na perícia médica, mas o pedido do
benefício foi negado. Eles colocaram no laudo que ela está apta a trabalhar”,
relata o irmão da empregada doméstica, Antônio da Barra Ferreira. Segundo ele,
Maria Cândida exerceu a profissão cerca de 30 anos, mas atualmente não consegue
nem mesmo ser independente.A filha dela, Mariza Cristina da Barra, afirma que deixou o emprego para cuidar da mãe e, com isso, a família tem enfrentado dificuldades financeiras. Somente neste mês de abril, foram gastos mais de R$ 500 na compra de medicamentos. Segundo ela, todos os dias a empregada doméstica precisa tomar pelo menos cinco tipos de remédios para dor.
Emocionada, a Mariza Cristina reclama do corte da
aposentadoria. “Estou a vendo minha mãe morrer aos poucos e eu não posso dar o
que ela precisa, pois, o médico diz que ela está apta a trabalhar. O que eu
peço é o mínimo de conforto para o final da vida dela”, declara.
Além de empregada doméstica Maria Cândida de Moraes, o
eletricista Eraldo Miranda Barbosa enfrenta o mesmo problema no INSS. Ele
trabalhou na área industrial por mais de 23 anos e atualmente está impossibilitado
de exercer a profissão por causa de um acidente.
Há cerca de cinco anos, Eraldo Miranda foi vítima de uma
descarga elétrica no braço de mais 380 watts. E, com uma platina no órgão, ele
afirma que não tem condições de trabalhar. Além disso, o eletricista foi
diagnosticado com depressão, o que segundo um laudo psiquiátrico, ele não está
apto para voltar a rotina de serviço.
Segundo a esposa dele, Marli Leite, os gastos com
medicamentos atingem aproximadamente R$ 600. E, para cobrir as despesas, a
família teve que realizar um empréstimo no banco. “A sensação é de muita
revolta, pois, na hora que a gente mais precisa ninguém faz nada”, lamenta.
A gerente executiva do INSS em Anápolis, Raildete Marques
Dias, explica sobre os dois procedimentos requisitados. “Em relação a dona
Maria Cândida, ela ainda tem a possibilidade de requerer recursos da
previdência social para receber o benefício novamente. Esse procedimento pode
ser feito na própria agência do órgão e, se for aprovado, o retorno do
recebimento é rápido. Mas isso, depende de um processo de análise da perícia
médica”, explica a gerente, que conclui.
“Já em relação ao eletricista Eraldo Miranda, uma equipe
multidisciplinar fez o atendimento dele e afirmou que o mesmo está apto a
exercer a função. Inclusive, ele passou por um processo de melhoria na
escolaridade, mas não conclui o curso”.com informações da tv anhanguera
edição: anapolisGOnews
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