Vereador preso pode deixar a cadeia depois do feriado
A defesa do vereador Wesley Silva vai protocolar, nesta
sexta-feira, 27, na Justiça, o pedido de liminar visando a liberação dele. A
informação foi repassada pelo advogado Roldão Izael Cassimiro, que é Procurador
do Legislativo e vem acompanhando o caso. Segundo ele, a expectativa é de que a
soltura ocorra até a próxima quarta-feira, 02.
O pedido, adiantou Roldão, irá acompanhado de certidões
negativas que atestam os bons antecedentes do vereador, assim como de
depoimentos de lideranças dos meios político e empresarial, no tocante à
atuação de Wesley Silva como vereador na Cidade, além, ainda, dos comprovantes
de residência fixa. Ou seja: a ideia é mostrar que o vereador não representa um
risco para a sociedade. Caso não seja acatado o pedido via liminar, será impetrado um habeas corpus. O advogado destacou que serão utilizados os mecanismos jurídicos possíveis, mesmo porque, segundo ele, no próprio despacho do juiz que decretou a prisão preventiva, não há elementos comprobatórios de crime por ele praticado. Roldão Cassimiro não acredita que haverá a necessidade de recursos a tribunais superiores e que tudo está sendo feito para se resolver a questão o mais rápido possível.
O vereador foi detido na manhã da última quarta-feira, 25, em sua residência, no Bairro São Carlos, em cumprimento aos mandados expedidos pelo juiz substituto da 5ª. Vara Criminal de Brasília, Felipe de Oliveira Kersten, em uma operação policial denominada Saint Michel, executada pela Polícia Civil do Distrito Federal juntamente com o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), contando, ainda, com o apoio do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO).
Na operação Saint Michel, foram presos o ex-diretor da Delta
Construções no Centro-Oeste, Cláudio Abreu e Dagmar Alves Duarte. Cláudio Abreu
foi afastado da empresa, depois de revelada pela Operação Monte Carlo, a sua
ligação com Carlinhos Cachoeira. Dagmar Alves e o vereador Wesley Silva,
tiveram o pedido de prisão preventiva pedido pelo juiz, sob a argumentação de
que ambos estariam atuando como lobistas com o objetivo de se direcionar uma
licitação para o contrato de bilhetagem eletrônica do transporte urbano de
Brasília.
O caso envolvendo o vereador Wesley Silva pegou a todos de
surpresa. Na Câmara Municipal, foi o assunto principal nos corredores da Casa
e, também, entre os vereadores, que ainda tentam entender o que aconteceu.
A Presidência do Legislativo age com cautela, aguardando
maiores informações sobre os desdobramentos do caso, para ver se alguma medida
deverá ser adotada no âmbito da Comissão de Ética. Wesley Silva, que está em
cumprimento de seu primeiro mandato no parlamento anapolino, é vice-presidente
da Mesa Diretora.
A mesma cautela está sendo adotada pelo partido do vereador,
o PMDB. O presidente da legenda, Air Ganzarolli, disse que espera informações
mais consistentes sobre o processo envolvendo o vereador, que é vice-presidente
do Partido. Segundo Ganzarolli, ele sempre teve uma atuação parlamentar e
política dentro da legenda sem algo que viesse a desaboná-lo. O PMDB vai
esperar também para ver qual será o posicionamento da Câmara Municipal a
respeito do assunto.
O Prefeito Antônio Gomide comentou que, também, aguarda
maiores esclarecimentos acerca do envolvimento de Wesley Silva nas denúncias
que resultaram na Operação Saint Michel, que é um desdobramento da Operação
Monte Carlo. Questionado se o caso poderia trazer algum tipo de prejuízo
político em relação ao processo eleitoral, já que o PT de Antônio Gomide e o
PMDB de Wesley Silva caminham para o entendimento de uma aliança, inclusive,
com a possibilidade de os peemedebistas indicarem o candidato a vice na chapa
majoritária (o vereador Wesley Silva é, até, um dos nomes cogitados), Gomide
afirmou que não.
com informações de claudius britus
edição: anapolisGOnews
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