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quarta-feira, 11 de julho de 2012

Ex da mulher de Cachoeira assumi vaga deixada por Demóstenes


A cassação do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) abre caminho para o atual secretário de Infraestrutura de Goiás e primeiro-suplente do político, Wilder Pedro de Morais (DEM-GO), de 44 anos, assumir a vaga no Senado.
De acordo com a assessoria de imprensa do secretário, ele assumirá o cargo assim que voltar de férias, provavelmente no próximo dia 23. Ele está em viagem com a mãe e os dois filhos, mas o local não foi divulgado. O Senado já entrou em contato com os assessores de Wilder, informando que ele tem um prazo de 30 dias para tomar posse.

Novato na política, o democrata é bastante conhecido em Goiás e ficou em evidência após as denúncias contra Demóstenes por ser ex-marido de Andressa Mendonça, atual mulher do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

Nascido na pequena Taquaral, a 80 km de Goiânia, Wilder morou na roça, teve problemas de saúde durante a infância e enfrentou a pobreza antes de se tornar multimilionário e um dos donos do Grupo Orca, holding que atualmente conta com cerca de 15 empresas e atua na construção civil, com incorporações e shoppings centers. Apesar da riqueza, pessoas próximas ao empresário o descrevem como um homem simples e bem-humorado.

O empresário que atualmente mora em uma casa no Setor Marista, bairro nobre de Goiânia, teve uma infância muito distante do meio luxuoso onde vive. O pai trabalhava como peão em terras de fazendeiros para sustentar a família e quando o filho completou 4 anos decidiu mudar-se para a cidade. Em Taquaral, fez "bicos" até conseguir um emprego de taxista. A mãe ajudava no orçamento da casa trabalhando como costureira.

Wilder mudou-se para a capital aos 17 anos em busca de um sonho: tornar-se engenheiro. Para financiar os estudos, conseguiu com um amigo três máquinas de datilografar e montou uma escola da datilografia. Frequentou cursinhos preparatórios para o vestibular e, em 1988, entrou no curso de engenharia da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), onde formou-se em 1992.
Já no primeiro semestre do curso, conseguiu um estágio em uma construtora. Passou a engenheiro e, posteriormente, chegou a diretor-presidente da empresa. Em 1997, fundou, em sociedade com dois amigos da faculdade, sua própria construtora. Expandiu os negócios da empresa até criar o Grupo Orca, do qual é sócio majoritário.

A ascensão financeira e o respaldo empresarial de Wilder chamaram a atenção de Demóstenes Torres, que em 2009 o convidou para ser seu suplente na campanha de 2010. Wilder participou ativamente da campanha eleitoral, tanto em reuniões como em doações financeiras. De acordo com a declaração apresentada à Justiça Eleitoral na época, ele possui bens avaliados em mais de R$ 14 milhões. Em 2011, foi chamado pelo governador Marconi Perillo (PSDB) para assumir a Secretaria de Infraestrutura.

Separação
Mas a biografia do primeiro suplente de Demóstenes não é feita apenas de conquistas. Um assunto de foro íntimo divulgado nacionalmente acabou associando o nome de Wilder ao de Carlinhos Cachoeira, preso durante a Operação Monte Carlo suspeito de comandar uma rede de exploração de jogos de azar e corromper agentes públicos para garantir o funcionamento do esquema ilegal.

Wilder era casado com Andressa Mendonça quando ficou amigo de Cachoeira. Mãe dos dois filhos do empresário, de 4 e 6 anos, Andressa deixou o marido, e um casamento de cinco anos, para morar com o contraventor.

A troca de maridos veio a público quando o então senador usou o epsódio para justificar os diversos telefonemas a Cachoeira. Segundo interceptações da Polícia Federal, os dois se falaram por telefone quase 300 vezes em um ano. O pivô da separação do empresário foi também o que levou Demóstenes Torres à perda do mandato, permitindo assim que Wilder possa ganhar uma cadeira no Senado.


com informações do G1
edição: anapolisgonews
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