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quarta-feira, 11 de julho de 2012


Voto evangélico influencia no processo eleitoral
A exemplo do Brasil, o número de católicos em Anápolis ainda é maioria. No entanto, não é de hoje que os evangélicos influenciam diretamente no processo eleitoral. De acordo com políticos anapolinos, nas últimas eleições, os chefes de executivos eleitos vêm intercalando: dupla católica/evangélica; dupla evangélica/católica.
Doutor em história pela Universidade de Brasília (UnB) e professor da Unievangélica, Juscelino Martins Polonial explica que os evangélicos estão bem organizados em várias entidades e isso dá um poder de mobilização muito grande ao setor, logo, influenciam nas disputas.

De acordo com o professor universitário, é difícil dizer a profundidade da influência. “Mas com certeza todos os candidatos majoritários querem o apoio de pastores e lideranças evangélicas”, opina. Segundo Polonial, o voto evangélico não chega a ser determinante, pois ainda é um grupo minoritário, ficando por conta dos católicos a maioria. “Mas é um grupo marcante e influenciará nas eleições.”

Dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) revelam que o número de evangélicos aumentou 61,45% em dez anos no Brasil. Em 2000, cerca de 26,2 milhões se disseram evangélicos, o equivalente a 15,4% da população. Em 2010, eles passaram a ser 42,3 milhões, ou 22,2% dos brasileiros. Em 1991, o porcentual de evangélicos era de 9% e, em 1980, de 6,6%.

Segundo o Censo Demográ­fico, mesmo com o crescimento de evangélicos, o país segue com maioria católica. O número de católicos foi de 123,3 milhões em 2010, cerca de 64,6% da população. No levantamento feito em 2000, eles eram 124,9 milhões, ou 73,6% dos brasileiros. A queda foi de 1,3%.

A queda do porcentual de católicos é histórica, de acordo com o instituto. Até 1970, em quase 100 anos, a queda foi de 7,9 pontos porcentuais: o número de católicos em 1872 (ano do primeiro Censo) representava 99,7% da população e passou a 91,8% em 1970. A maior redução de católicos foi registrada pelo instituto no Norte, passando de 71,3% da população em 2000 para 60,6% em 2010. O IBGE registrou que, ao mesmo tempo em que o número de católicos caiu no Norte e no Nordeste, o número de evangélicos cresceu com maior volume nas duas regiões. A representatividade no Norte saiu de 19,8% (2000) para 28,5% (2010). No Nordeste, o aumento de evangélicos foi menor, saindo de 10,3% para 16,4%, se comparados os Censos de 2000 e de 2010, respectivamente.

O Censo 2010 também apontou que 31,5% dos espíritas têm nível superior completo, apenas 1,8% das pessoas não têm instrução e 15% têm ensino fundamental incompleto. Outros 1,4% dos espíritas não são alfabetizados. Os católicos têm 6,8% das pessoas sem instrução e 39,8% com ensino fundamental incompleto. No grupo dos que se declaram sem religião o porcentual de pessoas sem instrução é de 6,7% e outros 39,2% têm ensino fundamental incompleto. Entre os evangélicos o porcentual chega a 6,2% (sem instrução) e a 42,3% (com ensino fundamental incompleto).


Com informações de Marcia Abreu
edição: anapolisgonews
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