Câmara voltará a debater regulamentação de mototáxistas
Os mototaxistas e motofretistas que comemoraram a aprovação
do projeto de lei de autoria do Executivo regulamentando as duas profissões,
ainda no mês de setembro, pela Câmara Municipal, terão que aguardar alguns dias
além do previsto para que os serviços sejam definitivamente autorizados em
Anápolis. O motivo é que na última segunda-feira (3), foi lido em Plenário e
encaminhado às comissões internas da Casa o veto de quatro das sete emendas
propostas pelo vereador Mauro Severiano (PDT), presidente da comissão de Urbanismo,
Obras e Transportes do Legislativo.Os quatro vetos de emendas propostas pelo parlamentar do PDT trata do seguinte: A proibição de embarque e desembarque de passageiros nos pontos de ônibus ou de táxis convencionais já estava prevista no artigo 12 da Lei. A proposta do pedetista em implantar a meia passagem aos estudantes e gratuidade para os idosos também foi barrada pelo Executivo. A justificativa é que o mototáxi é um meio de transporte alternativo, e que a meia passagem ou a isenção de cobrança para a terceira idade é exigida juridicamente somente para os transportes coletivos tradicionais.
A tentativa de restringir a parada dos profissionais em uma
distância mínima de 300 metros dos pontos de ônibus também foi vetada. A
matéria original estabelece que deveria ser respeitada a distância de no mínimo
100 metros desses locais. Por fim, a Procuradoria do Município recusou a
sugestão de reduzir o número de autônomos autorizados a circular de 360,
previsto na proposta original, para 320, de acordo com a emenda parlamentar.
Se os vetos forem mantidos a conta é que em Anápolis
existirá um mototaxista para cada grupo de mil habitantes, considerando que o
município tem em média 360 mil moradores.
Os profissionais que optarem pela prestação desses serviços
terão que cumprir alguns requisitos, conforme já previsto no projeto original
elaborado pelo Executivo. Será exigido, por exemplo, que os mototaxistas
ofereçam dispositivos de proteção às pernas do passageiro, para que, em caso de
alguma queda, não haja queimaduras. Outra exigência é a instalação dos chamados
aparadores, instrumentos fixados no guidão para evitar acidentes com linhas de
pipas. As motos ainda deverão ser preparadas com alças metálicas destinadas ao
apoio do passageiro. No caso de transporte de cargas, elas terão que dispor de
baús ou caixas abertas respeitando as dimensões máximas fixadas na legislação.
Quanto às concessões, para regulamentação o prestador de
serviço deverá obter da Prefeitura de Anápolis documentação e autorização que
não poderá ser transferida para terceiros. Há ainda a obrigatoriedade de que
seja renovada a cada dois anos. Cada motocicleta pode ter dois condutores e
possuir entre 125 e 250 cilindradas. Ainda está previsto que a moto deve ter no
máximo dois anos de uso quando ingressar no serviço, podendo permanecer no
mesmo por até três anos.
Para requerer a permissão, o interessado deve preencher o
formulário próprio e cumprir as seguintes exigências: ter idade mínima de 21
anos e carteira de habilitação específica para a categoria. O profissional
também precisa ter o colete de segurança dotado de dispositivos
retrorrefletivos, além de se submeter anualmente a cursos de atualização e
aperfeiçoamento técnico. O mototaxista ainda tem que apresentar apólice de
seguro contra acidentes para si e para o passageiro.
edição: anápolisgonews
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