Região
metropolitana é desafio para governo
Os grandes
municípios da região metropolitana de Goiânia representam um problema adicional
para ser enfrentado pela coordenação política do governo Marconi Perillo.
Anápolis, Senador Canedo, Aparecida de Goiânia e Trindade são administradas
atualmente por gestores filiados a partidos de fora da base do governo.
Cada um
desses municípios tem contingente eleitoral, moradores em áreas limítrofes e
problemas que se misturam à Capital.
Os atuais prefeitos dessas cidades são
candidatos naturais por estarem em primeiro mandato, portanto, em condições de
disputarem a reeleição. Em Anápolis, o prefeito Antônio Gomide (PT) já navegou
em mares mais mansos. A possível candidatura do secretário de Indústria e
Comércio, Alexandre Baldy (PSDB) pode ser um empecilho para o petista. Gomide é
experiente em disputas eleitorais na cidade, tendo sido vereador por vários
mandatos e por ter um histórico de combate a prefeitos anteriores que fizeram
administrações conturbadas.
Antes dele, Anápolis teve gestores que foram
contestados. Ernani de Paula foi afastado pela Câmara pelo tanto de trapalhadas
que fez, inclusive desviar dinheiro do Fundef. O outro foi Pedro Sahium que
chegou ao cúmulo de deixar a cidade abandonada e ir com a família para as
praias de Natal tirar férias.
Senador Canedo, com 51.439 cidadãos aptos a
votar, segundo censo do TRE em 2010, é o município filho mais novo de Goiânia.
O prefeito Túlio Sérvio, do PSB, também cerra fileiras no mesmo segmento
político que os demais e não se orienta pelo Palácio das Esmeraldas. Sua base
política tem interação com a gestão de Paulo Garcia e deverá representar grande
alento para sua campanha. O ex-peemedebista Luiz Bittencourt (PTB) deve ser
candidato na cidade. Outro alinhado ao governo que planeja disputar a
prefeitura é Zélio Cândido (PSDB).
Trindade, gerida por Ricardo Fortunato, do
PMDB é talvez o eleitorado mais sensível para o governo do Estado. Fortunato
poderá ter um adversário à altura com peso eleitoral, recursos para a campanha
e apoio do governo: Jânio Darrot, ex-secretário de Perillo e deputado estadual
muito bem votado em 2010 pelo PSDB. A
cidade tem cadastrados 69.847 eleitores.
Um problema adicional para Fortunato e Darrot
é a deputada federal Flávia Morais, do PDT. Com uma votação respeitável em
2010, ela tem a simpatia de grande parte da população e pesquisas recentes
revelam que seu patrimônio político na cidade permanece forte, mesmo depois de
dois mandatos de seu marido, George Morais. Se Flávia for candidata poderá
ajudar muitíssimo Paulo Garcia pedindo votos em bairros que se misturam na
fronteira dos dois municípios. Aliás, o marido de Flávia é secretário de Paulo
Garcia. Se ela não for candidata seu peso decidirá a favor de quem seu apoio
recair.
Aparecida de Goiânia, com seu expressivo
número de 251.290 eleitores é outro problema adicional para o governo e poderá
representar grande alento para o petista Paulo Garcia. A cidade é administrada
pelo experiente peemedebista Maguito Vilela, candidato à reeleição e
fortalecido por todos os lados, inclusive com a base da presidenta Dilma
Rousseff em Goiás.
A única exceção para Aparecida é o deputado
estadual Ademir Menezes (PSD), muito querido da população e que tem em mãos
pesquisas quentinhas mostrando que tem grandes chances de retomar a hegemonia
administrativa da cidade. Basta ser candidato a prefeito.
fonte: DM
edição: anapolisgonews
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