Construções abandonadas e terrenos baldios são tomados por
usuários de drogas
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O espaço compreendido
entre as avenidas José Lourenço Dias e Amazílio Lino de Souza, no Centro, é
chamado pelos usuários de drogas como Afeganistão, em alusão ao país que
enfrenta longo período de guerra e terror. Moradores e comerciantes vivem em
constante sentimento de medo e insegurança.
Uma comerciante moradora do local reclama da
antiga sede do Lions Club, que está abandonada há anos e que foi invadida por
usuários de drogas. “Eles fizeram um buraco no muro e por lá eles passam que
nem ratos e se escondem. Outro dia roubaram uma moça que passava pela calçada.
Eu vivo constantemente com medo”, relata.
O local citado pela
moradora é um dos pontos mais críticos, e fica situado logo ao lado da
Delegacia Regional de Fiscalização da Secretária da Fazenda do Estado. No local
há muito mato e o mau cheiro é intenso. É possível observar que o prédio já se
tornou uma espécie de mocó, devido às garrafas de bebidas alcoólicas, restos de
cigarros e de drogas jogados pelo chão.
Outro comerciante da
região avalia que a criminalidade no localestá diretamente ligada aos mocós,
para ele se os proprietários tivessem mais cuidado com esses terrenos e os
utilizasse de melhor forma com certeza não teríamos tanta criminalidade.
O comerciante ainda aponta que os mocós não são utilizados apenas para o consumo de drogas. Segundo ele, há também tráfico e muitas brigas entre os usuários.
O comandante do 4º Batalhão da Polícia Militar de Anápolis,
tenente coronel Paulo Inácio, salienta que a concentração de mocós na região já
foi identificada pela PM, o que fez com que a Corporação intensificasse o
patrulhamento e a abordagem na redondeza.
Ainda de acordo com o comando do Batalhão, os pequenos furtos e delitos motivados por uso
de drogas poderiam ser evitados com a eliminação desses mocós.
Para a Secretaria do
Gabinete de Gestão Integrada do Município, o problema dos mocós se tornou pauta das
reuniões do órgão com os Conselhos de Segurança do Município (Conseg). Segundo
informações algumas sugestões já foram apontadas para combater a situação, como
a notificação dos proprietários dos imóveis para que eles sejam limpos e
aumente a sua segurança. Também foi citada a possibilidade da implantação de
imposto progressivo sobre esses imóveis.
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