Prova prática reprova
67% dos candidatos a motorista
Seis em cada dez candidatos à CNH (Carteira Nacional de
Habilitação) são reprovados no teste prático em Anápolis. A taxa de reprovação
no ano de 2011 é de 67% e está pouco acima da média estadual no período, que é
de 65%. Os números foram divulgados pelo Detran na última quarta-feira (25).
No ano passado 82.589 pessoas fizeram a prova prática para
CNH em Anápolis. Destas, 54.963 foram reprovadas na primeira, segunda e
terceira prova. As estatísticas do Detran não descriminam no total de
reprovações quantas são de candidatos de carro ou de moto.
O número revela o rigor na aplicação do teste e a
necessidade de mais dedicação à preparação. O diretor da Circunscrição Regional
de Trânsito de Anápolis (Ciretran) – órgão do Detran na cidade –, tenente-coronel
Edival Soares Batista, considera que há dificuldades dos Centros de Formação de
Condutores (CFC) em preparar o candidato.
“Quando falamos em formação temos que entender da
necessidade de 45 horas/aulas teóricas e 20 horas/aula prática. É o mínimo que
precisa para estar preparado. Claro que isso vai de acordo com cada pessoa.
Algumas precisam fazer mais aulas”, explica o tenente-coronel.
Apesar de não haver estatísticas que descriminem reprovações
dos candidatos por tipo de veículo, o diretor da Ciretran considera que a
avaliação para CNH categoria B (para carros) seja mais difícil. Pela sua
vivência, Edival Soares explica que a prova sobre duas rodas tem a facilidade
por depender muito do equilíbrio da pessoa. “Normalmente são detalhes que
reprovam o candidato”, conta.
O maior inimigo dos candidatos à CNH de carro é a baliza.
São 6 metros de comprimento – o que dá pouco mais de um metro de folga para
cada ponta do carro parar exatamente no meio. O candidato tem três chances em
cinco minutos para acertar o carro na vaga. “Para passar na prova de carro é
necessária uma dedicação maior para estar mais bem preparado”, avalia o diretor
da Ciretran.
Para tentar reverter o alto índice de reprovação, o Detran
está tomando medidas que visam qualificar os CFCs e impor mais rigor na
fiscalização. Desde o ano passado, novas unidades foram credenciadas para
oferecer cursos a instrutores. Também será adotado o sistema biométrico para as
aulas teóricas e práticas, a fim de evitar fraudes como, por exemplo, o não
cumprimento da carga horária determinada pela legislação.
fonte: Marcos Aurélio Silva
edição: anapolisGOnews
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