Tráfico se organiza em Anápolis com instalação de laboratórios
Investigações do Grupo Especial de Repressão a Narcóticos
(Genarc) levaram às prisões de Fábio Alves Mangabeira, de 19 anos, e Renato
Gomes de Lima, de 24. Mais de 10 kg de maconha e 2,6 kg de cocaína foram
encontrados com eles numa casa localizada na Rua 12, no Parque Residencial das
Flores, região norte de Anápolis. Os dois foram indiciados por tráfico e
associação criminosa.
Além da quantidade significativa de drogas, os agentes do
Genarc encontraram porções de acido bórico e cafeína, produtos usados na
manipulação da cocaína, e uma balança de precisão, o que levantou a suspeita de
se tratar de um pequeno laboratório para refinamento da droga. Com Fábio e
Renato ainda foram encontrados R$ 106, computadores e aparelhos eletrônicos,
possivelmente fruto do tráfico.
O titular do Genarc, Alex Nicolau do Nascimento
Vasconcellos, avalia que o mercado consumidor de drogas em Anápolis cresce
substancialmente, criando um ambiente oportuno para o tráfico. O delegado
reconhece que os traficantes têm se organizado cada vez mais para buscar drogas
fora do País e atender a demanda dos usuários.
Exemplo da análise do delegado é a recente prisão de
Wemerson Costa, de 26 anos, detido em Foz do Iguaçu quando estava a caminho de
Anápolis com 37 quilos de crack escondidos em fundos falsos no assoalho de um
Ford Del Rey. Pelo ‘trabalho’ de transportar a droga até a cidade ele disse à
polícia que receberia R$ 5 mil.
Segundo Alex Nicolau, os traficantes buscam drogas no
estrangeiro especificamente para distribuir em Anápolis e que a rota utilizada
é a mesma que leva entorpecentes a Goiânia e Aparecida de Goiânia.
De acordo com Alex Nicolau, investigações do Genarc
demonstram que os traficantes de Anápolis têm se organizado cada vez mais. Ele
salienta que há uma espécie de consórcio entre os criminosos, que se juntam e
encomendam a droga para um ‘mula’ – pessoa que faz o transporte.
Alex Nicolau acredita que em Anápolis existam pequenos
laboratórios para refino da droga e de onde é feita a distribuição. Ele aponta
que essa é uma prática nova, pois antes, ocorria em outras cidades como
Aparecida de Goiânia e Goiânia, que forneciam para cá. “Os traficantes davam
prioridade em deixar a droga nessas cidades, onde o consumo é maior. Agora os
grandes laboratórios estão nos centros urbanos, mas alguns traficantes menores
estão se equipando e fazendo parte desse serviço na cidade onde a droga será
vendida ao consumidor final”, diz.
Fonte: Marcos Aurélio Silva
Edição: anapolisGOnews
Nenhum comentário:
Postar um comentário