Ação Civil Pública cobra nova licitação para viaduto do Daia
O Ministério Público Federal em Goiás (MPF/GO), pela
Procuradoria da República em Anápolis/GO, ajuizou ação civil pública para
obrigar o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit) a
deflagrar novo procedimento licitatório para a obra no viaduto sobre a
BR-153/060, no trecho de acesso ao Distrito Agro-Industrial de Anápolis (Daia).
O antigo procedimento licitatório foi revogado a pedido do
MPF, em abril de 2011, por apresentar diversas irregularidades. O Dnit, então,
após várias reuniões com técnicos do MPF, readequaram o projeto aos reais
custos, encaminhando-o para a Seção de Licitações do órgão, em Brasília.
Em setembro de 2011 o MPF enviou recomendação concedendo
prazo de trinta dias para a abertura da nova licitação, estendidos por mais dez
a pedido do Dnit. Entretanto, de acordo com o procurador da República, Rafael
Paula Parreira Costa, passados cinco meses da data da última prorrogação, o
órgão não tomou providência e também não justificou a demora.
Em razão das péssimas condições de tráfego, o local onde
será construído o viaduto concentra 40% dos acidentes entre os quilômetros 84 e
102 da BR-060, sendo que 80% das ocorrências são em horário de pico. O Dnit não
consegue justificar como uma obra que era de urgência urgentíssima caiu no
esquecimento após a adequação de preços derivada de superfaturamento, a fase interna da licitação já se encontra
instruída, com as documentações e informações necessárias, inclusive com planilha
de custos corrigida, seguindo as recomendações do parquet federal.
A anulação da licitação anterior foi solicitada pelo MPF
após parecer técnico da Assessoria Técnica da Procuradoria da República em
Goiás (PR/GO), que constatou sérios indícios de fraude no processo licitatório.
De acordo com o estudo, das três propostas apresentadas para execução das
obras, duas tinham evidências de manipulação dos preços unitários com intuito
de alinhar os valores totais das propostas, indicando conluio entre as empresas.
Além disso, vários serviços necessários para a execução da
obra tiveram seu custo aumentado. Entre os principais problemas apontados pelo
MPF estão indícios de superdimensionamento nos coeficientes de mão de obra no
fornecimento, fabricação, transporte, tratamento e pintura de vigas e peças
metálicas, e de equipamentos e mão de obras para instalação e manutenção do
canteiro de obras e alojamento.Fonte: contexto
Edição: anapolisGOnews
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