Prédio ameaça desabar
Moradores do Residencial Dom Afonso, no Bairro Maracanã,
pedem socorro às autoridades públicas. O risco de desabamento de dois dos
prédios construídos no condomínio é iminente. Os edifícios têm quatro andares e
somam 32 apartamentos. A previsão de entrega era o final de 2010, mas eles
ainda não foram concluídos e hoje colocam em risco quem mora ao lado.
Os dois prédios do bloco 6 tiveram as obras embargadas pela
Justiça e condenadas pela Defesa Civil em dezembro de 2010. Hoje, mesmo quando
avistado de longe, o edifício transmite a sensação de insegurança e
fragilidade. As grandes rachaduras e a sua inclinação saltam aos olhos de
qualquer observador. Com uma vistoria simples na parte interna do
empreendimento pode se notar uma série de infiltrações, trincas, lajes
comprometidas e parte das paredes despencando. Todo o problema está distante
pouco mais de cinco metros do bloco vizinho, que é habitado.
“A gente fica o tempo todo receoso, porque não sabe quando,
nem para que lado ele vai cair, mas sabemos que vai”, expõe o motorista Pedro
Marques, que mora no prédio ao lado e também comprou um dos apartamentos
localizados no edifício que corre o risco de desabar. Cada um dos imóveis foi
vendido na planta pelo preço médio de R$ 85 mil. Além do prejuízo, os
proprietários ainda se veem impossibilitados de realizar o sonho da casa
própria.
Jorge Almeida, que é sindico do condomínio, diz ter medo que
o caso se torne uma tragédia anunciada. Ele conta ainda que o problema do
Residencial Dom Afonso apareceu em 2009, período em que foi detectado que o
terreno estava em uma Área de Preservação Ambiental (APP).
Apesar da constatação, o empreendimento possui alvará de
construção, licença ambiental, certidão de uso do solo e o registro no Conselho
Regional de Engenharia (Crea). Entretanto só serve de moradia para os pombos,
que como parasitas de doenças, representam um risco a mais para os vizinhos do
prédio.
Para resolver o problema de quem mora nos blocos ao lado,
Jorge Almeida calcula que a melhor medida seria a demolição dos prédios. A
opinião dele visa o bem estar de quem já habita o condomínio, mas esbarra nos
interesses de quem comprou um apartamento no bloco condenado e ainda tem
esperança de uma solução que lhes garanta a possibilidade de se mudar para o
imóvel.
A esperança de quem adquiriu um dos imóveis no edifício
condenado se esvaziam dia após dia. A WBC construtora, empresa responsável pelo
empreendimento, fechou as portas e deixou todos os prejudicados sem ter de quem
cobrar uma solução.
Fonte: Marcos Aurélio Silva
Edição: anapolisGOnews
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