MPF aciona Dnit para garantir o viaduto no trevo do Daia
O Procurador
da República Rafael Paula Parreira Costa está trabalhando para concluir a Ação
Civil Pública que deverá ser encaminhada em poucos dias à Justiça Federal
O Ministério Público Federal, através da Procuradoria da
República em Anápolis, vai acionar o Departamento Nacional de Infraestrutura de
Transporte (Dnit), para que o órgão tome as providências necessárias para a
rápida abertura de uma nova licitação para a construção no viaduto da
BR-060\153, no trecho de acesso ao Distrito Agroindustrial. A informação foi
repassada com exclusividade ao CONTEXTO pelo Procurador Rafael Paula Parreira
Costa, segundo o qual, dentro de aproximadamente 10 dias, deverá estar pronta a
peça da Ação Civil Pública que será remetida à Justiça Federal com foro no
Município.
De acordo com Rafael Parreira, todas as possibilidades de
acordo foram esgotadas para que o Dnit pudesse se justificar quanto a não
abertura da nova licitação, já que a inicial foi revogada no começo de 2011. No
mês de setembro, o MPF estipulou um prazo de 30 dias para que o órgão abrisse o
certame, mas isso não aconteceu. O prazo foi prorrogado em mais 30 dias e
também, não foi cumprido. Daí, conforme avaliou, não restou outra alternativa a
não ser o encaminhamento da Ação Civil Pública, “considerando a importância e a
urgência dessa obra”, enfatizou, observando que, inclusive, a mesma já tem os
recursos garantidos para a sua execução.
O Procurador salientou que o MPF arcou com o ônus de ser
responsável pela paralisação. O que, disse, não é verdade, uma vez que a
paralisação se deu em face à constatação de irregularidades. Na época, segundo
foi divulgado amplamente pela imprensa, teria ocorrido um sobrepreço em torno
de R$ 10 milhões, sendo que o próprio Dnit teria reconhecido uma parte. O valor
total estimado da obra era de R$ 44.738.857,96.
A anulação da licitação anterior foi solicitada pelo MPF
após parecer técnico da Assessoria Técnica da Procuradoria da República em
Goiás (PR/GO), constatou sérios indícios de fraude no processo licitatório. De
acordo com o estudo, “das três propostas apresentadas para execução das obras,
duas tinham evidências de manipulação dos preços unitários com intuito de
alinhar os valores totais das propostas, indicando conluio entre as empresas”,
segundo informação do MPF prestada à época.
Além disso, vários serviços necessários para a execução da
obra tiveram seu custo aumentado. Entre os principais problemas apontados pelo
MPF estão indícios de superdimensionamento nos coeficientes de mão de obra no
fornecimento, fabricação, transporte, tratamento e pintura de vigas e peças
metálicas, e de equipamentos e mão de obras para instalação e manutenção do
canteiro de obras e alojamento
Fonte: Jornal Contexto
Edição: anapolisGOnews
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