Polêmica sobre abertura de supermercado vira debate político
Assunto que vinha sendo tratado no Ministério
Público acabou virando motivo de debate acirrado na Câmara Municipal de
Anápolis
A chegada de um grande empreendimento no setor varejista, em
Anápolis, acabou ganhando espaço nos debates políticos da Câmara Municipal.
Desde o final do ano passado, o assunto vem sendo discutido em nível de
Ministério Público, que teria cancelado a inauguração, próximo ao período do
Natal, por conta de uma provocação feita pela ONG “Olho Verde”, que era
presidida pelo advogado Evandro Coutinho França, falecido recentemente. A
alegação seria por causa das obras no estacionamento do supermercado que,
segundo denúncias, foi feito em um terreno onde existem minas d’água e é
considerado reserva ambiental.
Na sessão ordinária da última quarta-feira, 08, ao fazer uso
da tribuna, o Presidente da Casa, Vereador Amilton Batista, deu destaque ao
assunto, dizendo que o caso envolvendo a implantação de uma filial do
supermercado Bretas estava sendo tratado, até agora, “nas entrelinhas”. O
vereador narrou que ainda antes de a obra começar, quando era feita a movimentação
de terras na área que fica no Jardim Europa, a Pasta de Meio Ambiente teria
feito uma advertência pelo fato de o serviço estar sendo executado próximo a
uma nascente. Depois, teria havido um acordo de compensação, em que a empresa
teria adquirido R$ 58 mil em grama para plantio em alguns pontos da Cidade.
Amilton Batista disse que a obra começou, de forma
acelerada, no mês de julho e em novembro, já estava pronta, porém, sem que as
licenças legais tivessem sido providenciadas pelo Bretas. Em função disso é que
a Associação “Olho Verde” teria feito a provocação ao Ministério Público que,
através de um auditor, teria confirmado possíveis irregularidades, motivando,
assim, o embargo.
O vereador Amilton Batista pontuou que, a Prefeitura teria
recebido dinheiro de um concorrente do Bretas para não deixar abrir ou que
teria ganho muito dinheiro para fazer a compensação ambiental. Para ele, por
ser um ano eleitoral, há tentativas de se tirar proveito político da situação. “O
caso está no Ministério Público e é lá que tem que ser resolvido, fora disso
não há mais nada. O Prefeito não é polícia para mandar fechar. Não existe outro
jeitinho anapolino, goiano, brasileiro. Tem que resolver no Ministério Público.
Resolvidas as pendências, abre-se o empreendimento”, ressaltou o vereador.
A vereadora Gina Tronconi (PPS), da bancada de oposição ao
Prefeito Antônio Gomide, discordou do posicionamento do colega afirmando que
não teria como uma obra do porte como a do Bretas, ser construída sem ter
havido uma fiscalização. “Quero acreditar que Anápolis não seja uma cidade sem
lei, sem fiscalização”, acentuou. Para os próximos dias, é aguardado um
desfecho do caso. Por enquanto, a rede varejista não tem se pronunciado sobre a
situação. Há poucos dias, diretores da empresa tiveram um encontro com o
Prefeito Antônio Gomide, para discutirem o problema.
Fonte: Jornal Contexto
Edição: anapolisGOnews
Nenhum comentário:
Postar um comentário