Anápolis soma em um ano 108 apreensões de jovens
imagem ilustrativa web |
A criminalidade é um dos problemas sociais mais graves que a
população brasileira enfrenta atualmente. Diariamente há fatos ocorridos com
cidadãos que foram vítimas de roubos, furtos ou violência física. Diante desta
realidade, é notório o aumento da participação de adolescentes, e até de
crianças, como protagonistas nesse cenário cada vez mais emergente do crime.
Segundo o comandante do 4º Batalhão da PM, tenente-coronel
Paulo Inácio, os jovens apreendidos em Anápolis geralmente estão envolvidos com
crimes como roubo, furtos e drogas. “O uso ou tráfico de droga é o principal
motivador para todos os outros crimes cometidos por esses adolescentes. Ano após ano a participação de crianças e adolescentes em crimes tem aumentado. Além das drogas, outro fator determinante para sedimentar essa situação é a miséria social, a precária condição econômica das famílias, realidade esta que pode facilitar a entrada de crianças e adolescentes no mundo do crime.
O juiz titular da Vara da Infância e Juventude, Carlos
Limongi Sterse, considera que os números da PM refletem a realidade em
Anápolis. Na opinião dele, nos últimos quatro anos tem se observado com mais
intensidade a presença de adolescentes em atos infracionais.
As crianças e adolescentes que se envolvem com o mundo do
crime possuem uma realidade bem parecida. De acordo com o juiz da Vara de
Infância e Juventude, geralmente os jovens vivem em famílias que não possuem
estrutura para ampará-lo frente à situação de risco, ou pior, em alguns casos
não conseguem dar o suporte necessário para que suas atitudes não sejam
contrárias às leis e normas da sociedade.
Atualmente há 30 adolescentes internos no Centro de
Internação para Adolescentes de Anápolis (Ciaa). Funcionando de forma precária
nas dependências do 4º Batalhão da Polícia Militar desde o ano de 1996, o Ciaa
é vinculado à Secretaria Estadual de Cidadania e Trabalho, sendo destinado ao
cumprimento de medida socioeducativa de internação, tanto em caráter provisório
como definitivo.
A internação é aplicada em casos graves de violência ou
grave ameaça. Para ele, nesse quesito Anápolis ainda está bem amparada, pois os
mais de 60% dos internos não são da cidade, e sim de municípios vizinhos.
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