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segunda-feira, 26 de março de 2012

Goiás quer prevenir surto de Febre Amarela

 

Considerada uma doença cíclica, a Febre Amarela reaparece em períodos de cinco a 7 anos, o que faz de 2012 um ano possível para o reaparecimento da doença


Atentos à sazonalidade das doenças cíclicas, a Secretaria da Saúde promoveu, recentemente, o Seminário Estadual de Ações de Controle da Febre Amarela, no Augusto´s Hotel, no Centro de Goiânia. Em seu último surto no Estado, nos anos de 2007 a 2009, foram detectados 24 casos da doença, com evolução para morte de 16 deles. Um índice de letalidade de 66,66%.
Conforme explica a coordenadora de Zoonoses da Superintendência de Vigilância em Saúde, Daniella Carpaneda Machado, a febre amarela é uma doença febril infecciosa aguda, que pode evoluir para hemorragia, com a piora do quadro. O ciclo de ocorrência é de 5 a 7 anos, o que coloca 2012 para possível reaparecimento da doença. “Este evento visa subsidiar profissionais da saúde sobre os cuidados necessários para a prevenção e controle da doença. Para isso, conseguimos reunir profissionais das regionais de Saúde, de municípios que apresentam maior risco e que oferecem apoio e controle de endemias”, alega Daniella.
A vacina é permanentemente oferecida pela rede pública de saúde em Goiás, considerado uma área endêmica da doença. Em casos de suspeita ou mesmo detecção do vírus em primatas não humanos (macacos) a vigilância epidemiológica atua de forma preventiva, garantindo a cobertura vacinal in loco da população local, esclarece Daniella. O prazo de cobertura da vacina é de dez anos.
A febre amarela é uma doença sem cura, apenas se trata os sintomas. Ela apresenta como sintomas iniciais febre alta, dores no corpo e vômito, nos três primeiros dias. Passado esse prazo, há uma remissão do quadro, podendo evoluir para hemorragias, icterícias e insuficiência hepático renal.
Desde 1942 não há registros no Brasil da febre amarela do tipo urbano, quando o hospedeiro principal é o ser humano. O último surto em Goiás foi do tipo silvestre, que tem no macaco o hospedeiro principal para depois ocorrer a infecção humana, por meio do vetor Aedes Albopictus. “Temos que impedir que esse ciclo urbano se instale novamente, fazer o controle vetorial e a imunização para que não vivenciemos novo surto”, declara.
Edição: anapolisGOnews
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