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sexta-feira, 23 de março de 2012

Protógenes cobra de Roberto Gurgel informações sobre investigação envolvendo Demóstenes

O deputado federal Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) pede detalhes sobre processo encaminhado à Procuradoria-Geral da República em 2009 que contém relações de Carlinhos Cachoeira com políticos

Protógenes Queiroz (Foto: José Cruz/ABr )  
Na quarta-feira (21), o deputado federal delegado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) encaminhou ofício ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, em que solicita informações sobre a existência de “deputados, senadores, ministros e autoridades” na quebra de sigilo telefônico de um processo originado na Vara Federal de Anápolis (GO) em 2008. Queiroz também questiona Gurgel se o processo foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), casos em que senadores, deputados e ministros são
 investigados em função da prerrogativa de foro privilegiado.
De acordo com reportagem do jornal O Globo de sexta-feira (23), a Polícia Federal interceptou ligações telefônicas entre o bicheiro Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira - preso durante a Operação Monte Carlo da PF há quase um mês - e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO). Nas conversas, Demóstenes pede R$ 3 mil a Cachoeira para pagar uma empresa de táxi-aéreo e repassa informações sobre reuniões mantidas no Executivo, Legislativo e Judiciário. As conversas captadas pela PF reforçam as ligações de Cachoeira com o senador. ÉPOCA já havia revelado que Demóstenes ganhara um aparelho de rádio, habilitado nos Estados Unidos, exclusivo para conversar com Cachoeira, além de uma geladeira e um fogão.
Roberto Gurgel, procurador-geral da União (Foto: Renato Araújo/ABr)
O relatório da Polícia Federal, em que também são citados os deputados goianos Carlos Alberto Leréia (PSDB) e Sandes Júnior (PP), foi encaminhado à PGR em setembro de 2009. Desde então, Roberto Gurgel não tomou nenhuma providência. É responsabilidade de Gurgel decidir se pede ao STF a abertura de inquérito contra Demóstenes Torres e os outros parlamentares citados no processo.
Por meio da assessoria de imprensa da Procuradoria-Geral da República, o procurador Roberto Gurgel afirmou que o processo “ficou sobrestado, pois havia uma relação com outra investigação ainda em curso”. Ainda de acordo com a PGR, o material que chegou em 2009 foi juntado ao material relativo à Operação Monte Carlo. Quanto aos pedidos de informações provenientes de parlamentares, a PGR não deverá atendê-los. “São informações cobertas pelo sigilo e, portanto, não temos como informar o conteúdo desse material”, afirmou a assessoria de imprensa da PGR.

Edição: anapolisGOnews
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