Projeto de lei quer acabar com salário de vereadores em
cidade goiana
vereador Alcides Inácio de Freitas - PTB |
Um projeto de lei criado por um vereador de Santa Helena de
Goiás, a 219 km de Goiânia, quer acabar com os salários dos parlamentares. O
trabalho na política passaria a ser voluntário.
O projeto foi criado pelo vereador Alcides Inácio de Freitas
(PTB) e, por enquanto, foi apenas protocolado. Segundo Alcides, o projeto deve
levar ainda cerca de 30 dias para chegar ao plenário para votação e, caso
aprovado, a lei entraria em vigor ainda este ano.
Para o autor do projeto, o objetivo é fazer com que os vereadores
trabalhem no intuito de contribuir com a sociedade: “O vereador já tem a
manutenção do seu trabalho, suas diligências, gasolina, telefone, assessor.
Então, ele podia renunciar ao salário dele em favor da comunidade”.
O presidente da Câmara Municipal de Santa Helena, Ary Divino
Martins (PPL), se diz contra o projeto de lei e defende que o salário é uma
necessidade. “Aquele vereador que presta um bom serviço tem de ter um salário,
tem de ser remunerado”, ressalta.
O município tem nove vereadores com salário mensal de R$
4.102. Somente com a folha de pagamento, a Câmara gasta em média R$ 37 mil. Em
grandes centros como Goiânia, essa economia seria ainda maior. São 35
vereadores que recebem um salário mensal de R$ 10.560. Por ano, o corte na
folha reduziria o gasto quase R$ 4,5 milhões.
Nas ruas os moradores de algumas cidades goianas dividem
opinião sobre o caso. “Todo trabalhador é digno do seu salário, desde que seja
uma coisa justa, porque o nosso imposto se destrói em altos salários e
corrupção”, afirma o motorista Antônio Alves, de Catalão.
Para o mestre de obras Heleno Amaro, o projeto é bem
pensado: “Seria ótimo porque todo mundo concorre ao cargo de vereador por causa
dos salários, nem tanto por defender a sociedade”.
Em Anápolis, Emivaldo Batista Também se mostrou a favor do
projeto: “Se a pessoa trabalhar voluntariamente, vai acabar muito com a
corrupção, porque vai prestar um serviço à comunidade sem esperar um retorno”.Fonte: G1 GO, com informações da TV Anhanguera
Edição: anapolisGOnews
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