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segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Destino de Presos continua indefinido
imagem web
A interdição do presídio de Anápolis e a dificuldade de conseguir remover os detentos da cidade para a Casa de Provisão Provisória (CPP) em Aparecida de Goiânia, também por falta de vagas, mobilizaram Polícia Civil, e as comissões de Direitos Humanos da Câmara Municipal e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) subseção Anápolis.

Na última terça-feira (17) membros das duas instituições estiveram na Regional conversando com o delegado Luiz Teixeira. Também participaram do encontro o deputado estadual Carlos Antonio (PSC) e o representante do Conselho da Comunidade Franklin Delano.

Na ocasião, a cela do 1º Distrito, que funciona na Regional, permanecia ocupada por 16 presos que aguardavam transferência para a CPP. Não há no local as mínimas condições de higiene e para alimentação. O grupo ainda convive com a falta de espaço para passar as noites. Diante do fato, Carlos Antônio se comprometeu em conversar com o governador Marconi Perillo (PSDB) para pedir agilidade na construção de um terceiro pavilhão no Centro de Inserção Social (CIS), a cadeia pública de Anápolis, disponibilizando mais 90 vagas.

Carlos Antônio acrescenta que vai apoiar os membros das comissões de Direitos Humanos na tentativa de sensibilizar a Justiça sobre a necessidade de retomar pelo menos mais 100 vagas no presídio em Anápolis. O deputado afirmou que, em conversa com o diretor da cadeia pública, Danilo de Carvalho, tomou conhecimento que antes da interdição da unidade, em agosto de 2011, em celas que caberiam oito presos, haviam30. Hoje, as mesmas celas têm apenas duas pessoas.
O titular da Regional de Anápolis, Luiz Teixeira, também pede maior flexibilidade por parte do Judiciário. A informação do delegado é que a juíza responsável pela interdição da cadeia pública, Lara Gonzaga Jayme, está de férias, mas que os membros das comissões de Direitos Humanos podem tentar uma conversa com o juiz substituto, Gabriel Consiglieiro, alertando-o para as consequências e os transtornos que a falta de vagas provocam no trabalho dos policiais.

O delegado explica que também vai contatar as unidades prisionais de cidades próximas a Anápolis. A manobra objetiva conseguir vagas para evitar o amontoado de presos na cela do 1º Distrito Policial. De acordo com a disponibilidade, detentos de Anápolis poderiam ser removidos para Abadiânia, Inhumas, Corumbá, Nerópolis e Petrolina.
O diretor do presídio de Anápolis, Danilo de Carvalho, contou que até a última quinta-feira (19) a unidade era ocupada por 207 reeducandos. Segundo ele, à época da interdição, a cadeia pública chegou a ser habitada por mais de 450 presos

Danilo de Carvalho analisa que a ideia de construir um novo pavilhão na cadeia pública é boa. Segundo ele, trata-se de uma alternativa para amenizar os transtornos para a polícia, mas que ela não vai resolver o problema da falta de vagas em longo prazo.
Fonte: Fernanda Morais
Edição: anapolisGOnews
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