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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012


Tráfico se organiza em Anápolis com instalação de laboratórios
Investigações do Grupo Especial de Repressão a Narcóticos (Genarc) levaram às prisões de Fábio Alves Mangabeira, de 19 anos, e Renato Gomes de Lima, de 24. Mais de 10 kg de maconha e 2,6 kg de cocaína foram encontrados com eles numa casa localizada na Rua 12, no Parque Residencial das Flores, região norte de Anápolis. Os dois foram indiciados por tráfico e associação criminosa.
Além da quantidade significativa de drogas, os agentes do Genarc encontraram porções de acido bórico e cafeína, produtos usados na manipulação da cocaína, e uma balança de precisão, o que levantou a suspeita de se tratar de um pequeno laboratório para refinamento da droga. Com Fábio e Renato ainda foram encontrados R$ 106, computadores e aparelhos eletrônicos, possivelmente fruto do tráfico.

O titular do Genarc, Alex Nicolau do Nascimento Vasconcellos, avalia que o mercado consumidor de drogas em Anápolis cresce substancialmente, criando um ambiente oportuno para o tráfico. O delegado reconhece que os traficantes têm se organizado cada vez mais para buscar drogas fora do País e atender a demanda dos usuários.
Exemplo da análise do delegado é a recente prisão de Wemerson Costa, de 26 anos, detido em Foz do Iguaçu quando estava a caminho de Anápolis com 37 quilos de crack escondidos em fundos falsos no assoalho de um Ford Del Rey. Pelo ‘trabalho’ de transportar a droga até a cidade ele disse à polícia que receberia R$ 5 mil.

Segundo Alex Nicolau, os traficantes buscam drogas no estrangeiro especificamente para distribuir em Anápolis e que a rota utilizada é a mesma que leva entorpecentes a Goiânia e Aparecida de Goiânia.
De acordo com Alex Nicolau, investigações do Genarc demonstram que os traficantes de Anápolis têm se organizado cada vez mais. Ele salienta que há uma espécie de consórcio entre os criminosos, que se juntam e encomendam a droga para um ‘mula’ – pessoa que faz o transporte.  

Alex Nicolau acredita que em Anápolis existam pequenos laboratórios para refino da droga e de onde é feita a distribuição. Ele aponta que essa é uma prática nova, pois antes, ocorria em outras cidades como Aparecida de Goiânia e Goiânia, que forneciam para cá. “Os traficantes davam prioridade em deixar a droga nessas cidades, onde o consumo é maior. Agora os grandes laboratórios estão nos centros urbanos, mas alguns traficantes menores estão se equipando e fazendo parte desse serviço na cidade onde a droga será vendida ao consumidor final”, diz.


Fonte: Marcos Aurélio Silva
Edição: anapolisGOnews


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