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quarta-feira, 19 de outubro de 2011


Tráfico lota ala feminina de cadeia pública
foto web
A ala feminina da cadeia pública de Anápolis, inaugurada no último dia 21 de junho já tem problemas no que se refere a sua capacidade máxima de lotação. O espaço foi construído para alojar 30 mulheres, e já na última segunda-feira (17) tinha todas as vagas ocupadas. A informação foi dada pelo diretor do presídio, Danilo de Carvalho. Segundo ele, a determinação do Judiciário é que o limite de vagas não seja ultrapassado, assim algumas mulheres que forem detidas na cidade podem ser levadas para a Casa de Prisão Provisória (CPP) em Aparecida de Goiânia.
Logo que foi inaugurada a ala feminina recebeu 21 presas que foram reconduzidas da CPP para Anápolis. À época o diretor do presídio chegou a dizer que o espaço seria suficiente para atender a demanda da cidade, expectativa que foi rapidamente contrariada. De acordo com Danilo de Carvalho estatísticas do cartório do complexo prisional da cadeia pública apontam que a população carcerária feminina nunca passou de 5% do total dos detentos.

Danilo de Carvalho explicou que a tendência é que todas as 30 vagas permaneçam ocupadas. O motivo, segundo ele, é que na medida em que mulheres vão saindo da cadeia, aquelas que foram removidas para CPP são removidas para Anápolis.
Para o  delegado regional de Anápolis Luiz Teixeira, nos últimos anos o número de mulheres que são detidas no município por envolvimento em organizações criminosas tem aumentado consideravelmente. “Não se trata de um problema específico de Anápolis. É uma realidade em nível de Brasil e de conhecimento das autoridades”.

De acordo com Luiz Teixeira o principal motivo das prisões de mulheres na cidade é o tráfico de drogas. O delegado, que até pouco tempo respondia pelo Grupo Especial de Repressão aos Narcóticos (Genarc), afirmou que elas também atuam de maneira isolada e independente da influência masculina. “Temos aquelas que se envolvem no tráfico por influência do companheiro, mas já existem casos conhecidos da polícia de mulheres que lideram o tráfico sendo as responsáveis pelo comércio de entorpecentes”, comentou.

Luiz Teixeira explicou ainda que, assim como era feito antes da inauguração da ala feminina, as detidas em Anápolis serão levadas e recolhidas pela Casa de Provisão Provisória de Aparecida de Goiânia. “As presas somente ficarão na cidade caso aconteça liberação de alguma vaga nas celas para mulheres. Vamos trabalhar de acordo com a determinação que está em vigor. O limite de 30 vagas vai ser respeitado”, garantiu.

A última
Na noite da última segunda-feira (17) uma mulher de 43 anos foi detida em Anápolis por tentativa de furto. Presa em flagrante ela foi conduzida para a Delegacia Regional onde passou a noite algemada em uma cadeira. O motivo é que a única cela disponível no local já abrigava um preso. A mulher só foi removida para Aparecida de Goiânia na manhã da última terça-feira (18). Ao que tudo indica, o problema de mulheres algemadas nas cadeiras das delegacias da cidade voltou a ser realidade no município.


edição: anapolisgonews
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