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segunda-feira, 18 de junho de 2012


Reforma da Praça Bom Jesus vira alvo de polêmica
Motivo de queixas e reclamações que atravessaram diversas administrações municipais, a reforma (revitalização) da Praça Bom Jesus é motivo de mais uma polêmica. Desta vez, é o inconformismo de vários defensores do patrimônio histórico da Cidade, alegando que as obas estariam prejudicando a originalidade da Praça, assim como, afetando a visibilidade do prédio construído na década de 50 para sediar os poderes Executivo (Prefeitura) e Judiciário (Fórum) o que, de fato, ocorreu até dezembro de 1972, quando o Governo Municipal se transferiu para o Palácio 31 de Julho (hoje sede da Câmara de Vereadores

Por várias vezes a Praça Bom Jesus passou por modificações e melhoramentos, nenhum, todavia, contemplando as aspirações comunitárias. No máximo, interferências superficiais. Atualmente a Prefeitura está promovendo uma total reforma na Praça, sem, contudo, modificar o prédio do antigo Fórum e a fonte sonoro/luminosa, considerados partes do Patrimônio Histórico da Cidade. E, é justamente, por conta disso que surgiu a polêmica. É que se questiona a instalação de quiosques para abrigarem os antigos vendedores ambulantes que ocupavam espaços na Praça. Estes estão, há quatro meses, sem trabalhar no local, devido aos tapumes colocados para o andamento do serviço de reforma.

No entendimento dos críticos, a instalação dos quiosques nas proximidades do prédio, dificulta a visibilidade do mesmo. Outro questionamento é quanto à instalação de sanitários públicos na área do edifício, o que, na versão dos reclamantes, desfigura a originalidade das edificações tombadas pelo Patrimônio Histórico. Também alega-se que a permissão para se instalarem pontos de comércio na Praça fere o direito coletivo, pois privilegia-se alguns em detrimento da sociedade como um todo. O caso foi levado, inclusive, ao Ministério Público, com a Promotora Sandra Mara Gaberlini convocando uma reunião, da qual participaram, dentre outros, os secretários municipais de Meio Ambiente e Recurso Hídricos, Luiz Henrique Ribeiro e, da Cultura, Augusto César de Almeida. No encontro, datado do dia 11 de junho, ficou definido que a Prefeitura iria rever partes do que está sendo questionado pelos críticos, devendo apresentar uma solução.

Justificativas
Para o Secretário Municipal de Meio Ambiente, Luiz Henrique Ribeiro a reforma da Praça foi precedida de ampla discussão com os mais variados setores do Município. “A Associação Comercial e Industrial, por exemplo, doou um projeto, elaborado pelo arquiteto Guilherme Takeda. Este projeto passou por algumas adaptações, porque obteve questionamentos de setores importantes da Cidade.

Depois, o engenheiro Daniel Fortes, da equipe da Prefeitura, apresentou a modificações que foram, novamente, discutidas com vários segmentos sociais”, disse Luiz Henrique. Ainda, de acordo com o Secretário do Meio Ambiente, não houve qualquer alteração nas edificações (fonte luminosa e prédio do antigo Fórum) considerados integrantes do Patrimônio Histórico do Município. Ele alega que a construção de sanitários na Praça obedece a uma aspiração popular. “Foi feita uma pesquisa e a maioria ouvida quer de volta os sanitários. Eles estão sendo construídos dentro do padrão condizente com a arquitetura da Praça, inclusive com acesso a portadores de necessidades especiais, um avanço que não existe em nenhuma praça pública de Goiás”, disse o Secretário. Ele adiantou, também, que a nova Praça Bom Jesus não terá a presença de grupos aleatórios; pessoas estranhas, incluindo colônias de moradores de ruas, usuários de drogas e outros que, antes da reforma, tomavam conta do espaço destinado à comunidade.


com informações de Nilton Pereira
edição: anapoligonews
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