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sábado, 19 de maio de 2012


Servidores dos centros de internação de menores fazem paralisação em GO
Os servidores estaduais que trabalham nos Centros de Internação Provisória (CIP) para menores infratores estão parados em mais de dez cidades de Goiás. Em Goiânia, as visitas de familiares dos internos foram suspensas nesta quinta-feira (17). Para cumprir a lei, estão sendo mantidos apenas os serviços de alimentação, limpeza e banho de sol.
De acordo com os funcionários, a decisão de parar foi tomada devido aos riscos que a profissão impõe. Os agentes de segurança se preocupam com o fato de lidar diariamente com a rebeldia dos menores. Para a agente de segurança Francisca da Silva, todo mundo está correndo risco. “É um xingamento, uma falta de respeito. A gente pede para ser mais acompanhado, mas às vezes nem sempre [isso acontece]”, relata.

“A gente está só reiterando um entendimento do Ministério Público que reprovou todos os centros de internação e demonstrar também que a gente está sofrendo tanto agressões verbais quanto físicas, as mulheres [agressões] mais verbais do que a gente, e reivindicar a gratificação que foi prometida e nunca foi paga”, diz o agente de segurança Thiago Rodrigues.

Entre as reivindicações dos servidores estaduais estão a construção de uma sede própria, melhores condições de trabalho, implementação da gratificação por periculosidade, já que o serviço exercido apresenta riscos. A categoria exige, principalmente, maior segurança para os servidores e também para os internos. Em Goiânia, o carro do governo do estado que presta serviço para o Centro de Internação para Adolescentes está com o pneu furado há meses.
A Secretaria de Cidadania e Trabalho disse que se reuniu com servidores do sistema para discutir as reivindicações. De acordo com o órgão, o pedido de gratificação já foi encaminhado a Secretaria da Casa Civil e que a carga horária vai ser regulamentada por uma portaria.

O Centro de Internação de Adolescentes (Ciaa) de Anápolis funciona em um prédio provisório há 16 anos. Hoje, o local já está com a capacidade máxima com 29 adolescentes. O prédio fica dentro do 4º Batalhão da Polícia Militar de Anápolis e nunca teve uma sede própria. Cerca de 60 servidores estão parados nessa unidade.
Com os profissionais paralisados, os internos estão ainda mais agitados, gerando uma preocupação a mais para as famílias e até para a Polícia Militar que receia que haja uma manifestação dos jovens infratores.


com informações do G1 GO
edição: anapolisGOnews
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