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quinta-feira, 5 de abril de 2012

Após saída de Demóstenes, DEM defende CPI sobre Cachoeira

No dia em que o ex-líder do DEM no Senado, Demóstenes Torres (GO), pediu para se desfiliar da legenda por força das denúncias de sua ligação com o bicheiro Carlinhos Cachoeira, a liderança do partido na Câmara defendeu a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para analisar o caso.
A divulgação de novos documentos e escutas telefônicas da Operação Montecarlo da Polícia Federal, que investiga os negócios de Cachoeira com políticos e agentes públicos, aumentou a pressão para a instalação da CPI proposta pelo deputado Delegado Protógenes (PCdoB-SP) e defendida tanto por líderes da base governista quanto da oposição.
O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), disse que pediu uma análise técnica sobre o requerimento da CPI e que aguarda informações sobre o inquérito em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF).
Para o líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP), "tudo indica" que a Câmara vai instituir a CPI. "Já há assinaturas necessárias, e agora a Mesa tem de analisar se elas são suficientes e se há fato determinado", disse. O líder do PT, Jilmar Tatto (SP), disse que as "ramificações" da operação da PF têm de vir à tona. "
Após a análise do caso, a Corregedoria decidirá se o processo será encaminhado ao Conselho de Ética. No entanto, algum partido pode representar diretamente ao conselho. O líder do Psol, Chico Alencar (RJ), não descartou a possibilidade. "Não vamos fazer cara de paisagem. A instituição tem de estar empenhada na investigação disso tudo, e o partido não titubeará em ir ao Conselho de Ética, tendo mais elementos", disse.
Na semana passada, o Psol representou contra o deputado Rubens Otoni (PT-GO), que teria recebido recursos de Cachoeira para financiar sua campanha à prefeitura de Anápolis em 2004. A Corregedoria abriu prazo para Otoni apresentar defesa. Ontem, Leréia divulgou uma nota dizendo que não iria se pronunciar até receber os dados do inquérito. Os deputados Sandes Júnior e Rubens Otoni não se manifestaram.
Integrantes da Frente Parlamentar Mista de Combate à Corrupção participaram da reunião do Psol com o presidente da Câmara para reforçar o pedido, feito na semana passada, para que a Mesa Diretora obtenha informações completas sobre as investigações.
O líder do PPS, Rubens Bueno (PR), também esteve presente e disse que o partido "está disposto a investigar para valer, começando pelos deputados do partido", referindo-se à denúncia de que Cachoeira teria emprestado dinheiro ao deputado Stepan Nercessian (RJ), que já se licenciou do partido até que sejam concluídas as investigações.

Fonte: Jornal do Brasil
Edição: anapolisGOnews
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