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sexta-feira, 27 de abril de 2012


Vereador preso pode deixar a cadeia depois do feriado
A defesa do vereador Wesley Silva vai protocolar, nesta sexta-feira, 27, na Justiça, o pedido de liminar visando a liberação dele. A informação foi repassada pelo advogado Roldão Izael Cassimiro, que é Procurador do Legislativo e vem acompanhando o caso. Segundo ele, a expectativa é de que a soltura ocorra até a próxima quarta-feira, 02.
O pedido, adiantou Roldão, irá acompanhado de certidões negativas que atestam os bons antecedentes do vereador, assim como de depoimentos de lideranças dos meios político e empresarial, no tocante à atuação de Wesley Silva como vereador na Cidade, além, ainda, dos comprovantes de residência fixa. Ou seja: a ideia é mostrar que o vereador não representa um risco para a sociedade.

Caso não seja acatado o pedido via liminar, será impetrado um habeas corpus. O advogado destacou que serão utilizados os mecanismos jurídicos possíveis, mesmo porque, segundo ele, no próprio despacho do juiz que decretou a prisão preventiva, não há elementos comprobatórios de crime por ele praticado. Roldão Cassimiro não acredita que haverá a necessidade de recursos a tribunais superiores e que tudo está sendo feito para se resolver a questão o mais rápido possível.

O vereador foi detido na manhã da última quarta-feira, 25, em sua residência, no Bairro São Carlos, em cumprimento aos mandados expedidos pelo juiz substituto da 5ª. Vara Criminal de Brasília, Felipe de Oliveira Kersten, em uma operação policial denominada Saint Michel, executada pela Polícia Civil do Distrito Federal juntamente com o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), contando, ainda, com o apoio do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO).

Na operação Saint Michel, foram presos o ex-diretor da Delta Construções no Centro-Oeste, Cláudio Abreu e Dagmar Alves Duarte. Cláudio Abreu foi afastado da empresa, depois de revelada pela Operação Monte Carlo, a sua ligação com Carlinhos Cachoeira. Dagmar Alves e o vereador Wesley Silva, tiveram o pedido de prisão preventiva pedido pelo juiz, sob a argumentação de que ambos estariam atuando como lobistas com o objetivo de se direcionar uma licitação para o contrato de bilhetagem eletrônica do transporte urbano de Brasília.
O caso envolvendo o vereador Wesley Silva pegou a todos de surpresa. Na Câmara Municipal, foi o assunto principal nos corredores da Casa e, também, entre os vereadores, que ainda tentam entender o que aconteceu.

A Presidência do Legislativo age com cautela, aguardando maiores informações sobre os desdobramentos do caso, para ver se alguma medida deverá ser adotada no âmbito da Comissão de Ética. Wesley Silva, que está em cumprimento de seu primeiro mandato no parlamento anapolino, é vice-presidente da Mesa Diretora.
A mesma cautela está sendo adotada pelo partido do vereador, o PMDB. O presidente da legenda, Air Ganzarolli, disse que espera informações mais consistentes sobre o processo envolvendo o vereador, que é vice-presidente do Partido. Segundo Ganzarolli, ele sempre teve uma atuação parlamentar e política dentro da legenda sem algo que viesse a desaboná-lo. O PMDB vai esperar também para ver qual será o posicionamento da Câmara Municipal a respeito do assunto.

O Prefeito Antônio Gomide comentou que, também, aguarda maiores esclarecimentos acerca do envolvimento de Wesley Silva nas denúncias que resultaram na Operação Saint Michel, que é um desdobramento da Operação Monte Carlo. Questionado se o caso poderia trazer algum tipo de prejuízo político em relação ao processo eleitoral, já que o PT de Antônio Gomide e o PMDB de Wesley Silva caminham para o entendimento de uma aliança, inclusive, com a possibilidade de os peemedebistas indicarem o candidato a vice na chapa majoritária (o vereador Wesley Silva é, até, um dos nomes cogitados), Gomide afirmou que não.


com informações de claudius britus
edição: anapolisGOnews
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