Páginas

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012


Prédio ameaça desabar
Moradores do Residencial Dom Afonso, no Bairro Maracanã, pedem socorro às autoridades públicas. O risco de desabamento de dois dos prédios construídos no condomínio é iminente. Os edifícios têm quatro andares e somam 32 apartamentos. A previsão de entrega era o final de 2010, mas eles ainda não foram concluídos e hoje colocam em risco quem mora ao lado.
Os dois prédios do bloco 6 tiveram as obras embargadas pela Justiça e condenadas pela Defesa Civil em dezembro de 2010. Hoje, mesmo quando avistado de longe, o edifício transmite a sensação de insegurança e fragilidade. As grandes rachaduras e a sua inclinação saltam aos olhos de qualquer observador. Com uma vistoria simples na parte interna do empreendimento pode se notar uma série de infiltrações, trincas, lajes comprometidas e parte das paredes despencando. Todo o problema está distante pouco mais de cinco metros do bloco vizinho, que é habitado.

“A gente fica o tempo todo receoso, porque não sabe quando, nem para que lado ele vai cair, mas sabemos que vai”, expõe o motorista Pedro Marques, que mora no prédio ao lado e também comprou um dos apartamentos localizados no edifício que corre o risco de desabar. Cada um dos imóveis foi vendido na planta pelo preço médio de R$ 85 mil. Além do prejuízo, os proprietários ainda se veem impossibilitados de realizar o sonho da casa própria.
Jorge Almeida, que é sindico do condomínio, diz ter medo que o caso se torne uma tragédia anunciada. Ele conta ainda que o problema do Residencial Dom Afonso apareceu em 2009, período em que foi detectado que o terreno estava em uma Área de Preservação Ambiental (APP).

Apesar da constatação, o empreendimento possui alvará de construção, licença ambiental, certidão de uso do solo e o registro no Conselho Regional de Engenharia (Crea). Entretanto só serve de moradia para os pombos, que como parasitas de doenças, representam um risco a mais para os vizinhos do prédio.
Para resolver o problema de quem mora nos blocos ao lado, Jorge Almeida calcula que a melhor medida seria a demolição dos prédios. A opinião dele visa o bem estar de quem já habita o condomínio, mas esbarra nos interesses de quem comprou um apartamento no bloco condenado e ainda tem esperança de uma solução que lhes garanta a possibilidade de se mudar para o imóvel.

A esperança de quem adquiriu um dos imóveis no edifício condenado se esvaziam dia após dia. A WBC construtora, empresa responsável pelo empreendimento, fechou as portas e deixou todos os prejudicados sem ter de quem cobrar uma solução.
Fonte: Marcos Aurélio Silva
Edição: anapolisGOnews
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Nenhum comentário:

Postar um comentário